Bíblia O COLISEUM

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10646670743 - Bradesco - Rodrigo Gaspar de Cerqueira

Números 14

1 Então toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite.

2 E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!

3 E por que Jeová nos traz a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito?

4 E diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito.

5 Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel.

6 E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes.

7 E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa.

8 Se Jeová se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel.

9 Tão-somente não sejais rebeldes contra Jeová, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Jeová é conosco; não os temais.

10 Mas toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a presença de Jeová apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel.

11 E disse Jeová a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até quando não crerá em mim, apesar de todos os milagres que fiz no meio dele?

12 Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei; e te farei a ti povo maior e mais forte do que este.

13 E disse Moisés a Jeová: Assim os egípcios o ouvirão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles.

14 E dirão aos moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó Jeová, estás no meio deste povo, que face a face, ó Jeová, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite.

15 E se matares este povo como a um só homem, então as nações, que antes ouviram a tua fama, falarão, dizendo:

16 Porquanto Jeová não podia pôr este povo na terra que lhe tinha jurado; por isso os matou no deserto.

17 Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça; como tens falado, dizendo:

18 Jeová é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração.

19 Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui.

20 E disse Jeová: Conforme à tua palavra lhe perdoei.

21 Porém, tão certamente como eu vivo, e como a presença de Jeová encherá toda a terra,

22 E que todos os homens que viram a minha presença e os meus milagres, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz,

23 Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá.

24 Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança.

25 Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho.

26 Depois falou Jeová a Moisés e a Arão dizendo:

27 Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim.

28 Dize-lhes: Vivo eu, diz Jeová, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros.

29 Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;

30 Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

31 Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, porei nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes.

32 Porém, quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto.

33 E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto.

34 Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento.

35 Eu, Jeová, falei; assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto se consumirão, e aí falecerão.

36 E os homens que Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra,

37 Aqueles mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante Jeová.

38 Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida.

39 E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel; então o povo se entristeceu muito.

40 E levantaram-se pela manhã de madrugada, e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que Jeová tem falado; porquanto havemos pecado.

41 Mas Moisés disse: Por que transgredis a ordem de Jeová? Pois isso não prosperará.

42 Não subais, pois Jeová não estará no meio de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos.

43 Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada; pois, porquanto vos desviastes de Jeová, Jeová não estará convosco.

44 Contudo, temerariamente, tentaram subir ao cume do monte; mas a arca da aliança de Jeová e Moisés não se apartaram do meio do arraial.

45 Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram, derrotando-os até Hormá.